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Centro-Oeste lidera automedicação

Conselhos de Farmácia lançam campanha nacional pelo Uso Racional de Medicamentos apoiada em pesquisa do Instituto Datafolha

O Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO), em conjunto com os Conselhos de farmácia de todo o país, lançou uma campanha de conscientização, em comemoração ao dia 5 de maio, o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos. Com o lema, Saúde não é jogo, o CRF-GO alerta para o uso indiscriminado de medicamentos sem orientação profissional. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, para apoiar a campanha, constatou que a automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros que fizeram uso de medicamentos nos últimos seis meses. Na região centro-oeste/norte este índice sobe para 80%, nordeste fica em 79%, sudeste (77%), sul (71%). Quase metade (47%) se automedica pelo menos uma vez por mês, no centro-oeste/norte (53%), e um quarto (25%) o faz todo dia ou pelo menos uma vez por semana. Inédita na história dos conselhos de Farmácia, a pesquisa investigou o comportamento dos brasileiros em relação à compra e ao uso de medicamentos e entrevistou uma amostra de 2.074 brasileiros.

O estudo detectou ainda uma modalidade diferente de automedicação, a partir de medicamentos prescritos. Nesse caso, a pessoa passou pelo profissional da saúde, tem um diagnóstico, recebeu uma receita, mas não usa o medicamento conforme orientado, alterando a dose receitada. Esse comportamento foi relatado pela maioria dos entrevistados (57%), especialmente homens (60%) e jovens de 16 a 24 anos (69%). A principal alteração na posologia foi a redução da dose de pelo menos um dos medicamentos prescritos (37%). O principal motivo alegado foi a sensação de que “o medicamento fez mal” ou “a doença já estava controlada”. Para 17%, o motivo que justificou a atitude foi o custo do medicamento – “ele é muito caro”. 

A frequência da automedicação é maior entre o público feminino. Mais da metade das entrevistadas (53%) informou utilizar medicamento por conta própria, pelo menos uma vez ao mês. A maioria das pessoas entrevistadas afirmou que se automedica quando já usou o mesmo medicamento antes (61%). A facilidade de acesso ao medicamento foi outro fator determinante, principalmente entre o público jovem, de 16 a 24 anos (70%). 

Familiares, amigos e vizinhos foram citados como os principais influenciadores na escolha dos medicamentos usados sem prescrição, nos últimos seis meses (25%), embora, 21% dos entrevistados tenham citado as farmácias como a segunda fonte de informação e indicação. “É importante mostrar para a população que o farmacêutico é o profissional da saúde mais acessível e que pode fazer a diferença no tratamento e bem-estar dos pacientes", defende Lorena Baía, presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO). Lorena lembra que o farmacêutico pode inclusive prescrever os medicamentos isentos de prescrição (MIPs) e orientar em males menores e corriqueiros, como cólica menstrual e dor de cabeça. 

Medicamentos mais usados – Por meio da pesquisa foram identificados, também, os medicamentos mais utilizados pelos brasileiros nos últimos seis meses. É surpreendente o alto índice de utilização de antibióticos (42%), somente superado pelo porcentual declarado para analgésicos e antitérmicos (50%). Em terceiro lugar ficaram os relaxantes musculares (24%). Nas regiões Centro-Oeste e Norte, entretanto, os números são ainda mais alarmantes e o antibiótico é o medicamento mais usado (50%) pela população local. 

Descarte – A pesquisa apurou também qual é a forma mais usual de descarte dos medicamentos que sobram ou vencem, e 76% dos entrevistados indicaram maneiras incorretas para a destinação final desses resíduos.  Nas Regiões Centro-Oeste/Norte, o porcentual é ainda maior, 85%. O índice somente é superado pelo apurado na Região Nordeste, 87%. Nas regiões Sudeste e Sul os porcentuais foram de 75% e 53%, respectivamente. Pelos resultados da pesquisa, a maioria da população descarta sobras de medicamentos ou medicamentos vencidos no lixo comum. Quase 10% afirmaram que jogam os restos no esgoto doméstico (pias, vasos sanitários e tanque). 

Metodologia – A pesquisa quantitativa foi realizada com a população brasileira a partir de 16 anos de idade e que utilizou medicamentos nos últimos seis meses. A coleta de dados foi feita pelo Datafolha, entre os dias 13 e 20 de março de 2019. Com uma amostra de 2.074 pessoas, o estudo teve abrangência nacional, incluindo capitais/regiões metropolitanas e cidades do Interior, de diferentes portes, em todas as regiões do Brasil. O nível de confiança da pesquisa é de 95%. 

Campanha – Com o tema saúde não é jogo, a campanha nacional de conscientização pelo uso racional de medicamentos está sendo realizada pelo Conselho Federal de Farmácia e os 27 conselhos regionais vinculados ao Sistema CFF/CRFs, em alusão ao Dia Nacional pelo Uso Racional de Medicamentos, comemorado no dia 5 de maio. Com uma linguagem acessível, a campanha chama a atenção da população para que não se arrisque jogando o jogo da automedicação. A orientação é que ao usar qualquer medicamento, a pessoa consulte sempre um farmacêutico. Acompanhe a campanha nas redes digitais por meio das hashtags: #SaúdeNãoéJogo #UsoRacionaldeMedicamentos #DiaNacionaldoURM #5deMaio
 

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