Durante a 3ª Feira de Negócios Goiás Saúde, (15), no CEL da OAB, em Aparecida de Goiânia, o stand do CRF-GO recebeu a visita do farmacêutico Luís Marques Rosa, de 66 anos, que estava acompanhado da filha, Fernanda Rosa, do genro, Alair Camargo, e da neta, Mariana Rosa – “a xodózinha do vovô”, como ele mesmo diz. Com um sorriso simpático e feliz em rever vários de seus amigos farmacêuticos, Luís conta orgulhoso sua jornada na área da saúde e recente trajetória acadêmica. 

Casado com Marlene Fraga Marques, também é pai de Douglas Fraga Rosa e avô de Luís Gustavo Rosa – nome dado em sua homenagem. Nascido em Pontalina, mudou-se para Morrinhos durante a infância para estudar. Anos depois, na juventude, o destino foi Goiânia, cidade escolhida para concluir o antigo segundo grau e começar a trabalhar. “Trabalho com farmácia desde os 15 anos. Primeiro, fui entregador, depois balconista, representante de laboratório, alguns, inclusive, de renome internacional”, expressa Luís.

Devido a um problema familiar, ele e a família tiveram que deixar Goiânia, em 1984, e mudaram-se para Portelândia, cidade localizada no sudoeste do Estado. No município, trabalhou na área financeira da prefeitura: período em que ficou longe do convívio com farmácias. 

Durante o tempo afastado da saúde, nunca se esqueceu do quanto amava a área e que, de fato, era com isso que gostaria de trabalhar. “Em 2005 uma senhora (de Portelândia) estava vendendo uma pequena farmácia, e eu a comprei e comecei a trabalhar”, afirma Luís.

Na época, as farmácias do tipo a que Luís comprou eram chamadas de Postos de Medicamento, e só comercializavam produtos autorizados pelos órgãos regulamentadores, assim como é hoje. A farmácia foi sendo guiada pelas suas sábias mãos, mas como ainda não era farmacêutico contava com auxilio de responsáveis técnicos. “Tudo dentro da lei”, explica ele. 

Em menos de sete anos, em 2011, a Faculdade Mineirense (Fama), antiga Famp, abriu o curso de Farmácia. A instituição estava localizada na cidade de Mineiros, a 33 km de Portelândia: oportunidade perfeita para Luís cursar a graduação em Farmácia.  “Comecei a planejar e decidi estudar. Trabalhava na farmácia durante o dia e à noite, corria para lá. Fiz o curso em cinco anos. Não ficou nenhuma matéria pendente e já estou trabalhando como responsável técnico do meu próprio negocio há três anos”, revela sorridente. 

A fase acadêmica, que encerrou em 2016, também foi marcada por problemas, mas superados graças ao apoio familiar. “Com tantas despesas que eu tinha e com um negócio pequeno, ficava difícil pagar a faculdade. Por dois anos minha esposa, que é professora, pagava metade da minha mensalidade”, afirma orgulhoso e emocionado. 

Satisfeito, Luís também expressa o quanto a etapa acadêmica fez diferença em sua vida e, principalmente, na rotina de sua farmácia. “A parte de conhecimento foi esplendorosa. Hoje tenho fundamentação e respaldo técnico e científico, que obtive por meio da faculdade”, acrescenta. 

Na hora da despedida, revela que conheceu a conselheira federal por Goiás, Ernestina Rocha, durante os eventos acadêmicos, na Fama, dos quais o CRF-GO faz questão em promover, como o CRF em Ação e Start CRF. “Uma vez a Ernestina me disse: você é um exemplo. Uma hora vamos fazer uma reportagem com o senhor”, diz.  Por fim, parabeniza a atual gestão do CRF-GO e se diz feliz em se tornar farmacêutico em uma era de tanto apoio. “É uma gestão que atende muito bem e dá muita atenção ao profissional”, finaliza.