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Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia

Há 12 anos, no dia 26 de março de 2008, a canadense Cassidy Megan, de apenas 9 anos, criou o movimento “Purple Day”, com a ajuda da Associação de Epilepsia da Nova Escócia. O intuito era conscientizar a comunidade de onde morava sobre a epilepsia e mostrar às pessoas acometidas por essa síndrome que não estão sozinhas.

A ação consistia em usar peças de roupa roxas representando a flor Lavanda, da mesma cor, que é frequentemente associada à solidão, o que segundo Cassidy, é um sentimento bem conhecido por pessoas com epilepsia. Historicamente, essa enfermidade, que atinge cerca de 3 milhões de brasileiros, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), traz uma bagagem de preconceitos e estigmas que envolvem questões sociais e psicológicas que vão além da medicina. Este estereótipo, muitas vezes ligado ao medo do desconhecido, contribuiu para que pessoas com a síndrome se isolassem socialmente.

Atualmente, no dia 26 de março é comemorado o “Dia Mundial da Conscientização da Epilepsia” que carrega no seu cerne o propósito do Purple Day de desmistificar o preconceito e esclarecer à população geral sobre a síndrome e como ajudar.

Sobre a epilepsia:
A epilepsia é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Muitas vezes a origem pode ter também relação com má formação congênita do cérebro. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Se ficarem restritos, a crise será chamada parcial; se envolverem os dois hemisférios cerebrais, generalizada. Por isso, alguns pacientes apresentam sintomas mais ou menos evidentes, o que não significa que a crise tenha menos importância.

Em muitos casos, a causa é desconhecida, mas pode ter origem em ferimentos sofridos na cabeça, mesmo que não sejam recentem. Outras causas, segundo a Liga Brasileira de Epilepsia (LBE), seriam: traumas no parto, abusos de álcool e drogas, tumores, infecção (meningite, por exemplo) ou neurocisticercose ("ovos de solitária" no cérebro).

Quais os sintomas:
A alteração do comportamento das células cerebrais é expressa por crises epilépticas que geralmente se repetem. Existem vários tipos de crises, dentre elas, as mais comuns são:

- Crise de ausência: quando a pessoa apenas se apresenta “desligada” por alguns instantes, podendo retomar o que estava fazendo sem complicações adversas;

- Crise parcial simples: quando o paciente experimenta sensações estranhas, como distorções de percepção ou movimentos descontrolados de uma parte do corpo. Ele pode sentir medo repentino, desconforto no estômago ou ver/ouvir de maneira alterada;

- Crise parcial complexa: quando em conjunto com os sintomas da crise simples, o paciente também perde a consciência. Depois do episódio, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória e;

- Crise tônico-clônica: quando o paciente primeiro perde a consciência e cai, ficando com o corpo rígido. Depois, as extremidades do corpo tremem e contraem-se.

Atenção redobrada: Se uma crise durar mais que 30 minutos sem que a pessoa recupere a consciência, é considerada perigosa, podendo prejudicar as funções cerebrais. Neste caso, a ajuda médica é necessária.

Como é feito o diagnóstico:
Quando houver suspeita de epilepsia, exames como eletroencefalograma (EEG) e neuroimagem são ferramentas que auxiliam no diagnóstico, pois detectam impulsos elétricos cerebrais. O histórico clínico do paciente também se mostra de extrema importância, uma vez que resultados normalizados não excluem o paciente de ser epiléptico.

Em alguns casos, o paciente não se lembra das crises, o que torna a pessoa que as presencia uma testemunha útil na investigação do tipo de epilepsia em questão e na busca do melhor tratamento.

Como ajudar uma pessoa com crise epiléptica:
As crises, muitas vezes, não são anunciadas ou previstas pela pessoa, e a ajuda é de suma importância, especialmente para que o paciente não se machuque. A desinformação e o preconceito podem interferir na boa conduta da testemunha quando em amparo ao epiléptico, sendo assim, a LBE e o Ministério da Saúde elencam os procedimentos adequados:

- Primeiro, mantenha a calma e tranquilize as pessoas ao seu redor;
- Evite que a pessoa caia bruscamente;
- Coloque algo macio sob a cabeça para protegê-la de batidas do crânio contra o solo;
- Deite-a de lado para facilitar o escoamento de saliva e a respiração;
- Afrouxe as roupas, se necessário;
- Não coloque nada em sua boca;
- Não tente segurar a língua, pois ela não enrola;
- Não dê nada para beber ou cheirar;
- Não tente conter seus movimentos;
- Permaneça ao seu lado até que melhore e então, a deixe descansar.

Se a crise durar mais que 5 minutos sem sinais de melhora, peça ajuda médica.

Tratamento e cura:
O tratamento da epilepsia é feito com o uso de medicação e acompanhamento médico e pode ser auxiliado de uma dieta especial, hipercalórica, rica em lipídios, utilizada, principalmente para tratar crianças. As drogas antiepilépticas, na maioria dos casos, são eficazes e os efeitos colaterais têm diminuído, possibilitando que pessoas com epilepsia levem uma vida normal. Em geral, se o paciente cessa a medicação e passa anos sem crises, pode-se considerar que está curado, mas os casos variam.

 

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