A Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Goiás divulgou a Nota Técnica N.º 1/2022 para Monkeypox com orientações aos profissionais de saúde em relação à operacionalização e implementação de medidas de proteção e controle da transmissão da doença. Em Goiás, já são 121 casos confirmados e 286 suspeitos, de acordo com o Informe Monkeypox do dia 17 de agosto da SES. Os primeiros casos desta epidemia surgiram no Reino Unido, no dia 14 de maio, e nos dias seguintes vários outros países, de diversas regiões, notificaram casos da doença sem que houvesse ligação entre os casos relatados em diferentes países.
A SES alerta que a doença tem elevado poder de disseminação e transmissibilidade e suscetibilidade universal e que é alto o risco de disseminação em território goiano e impactos deletérios nos serviços de saúde, especialmente para os grupos de maior vulnerabilidade e fatores de risco para agravamento (crianças, gestantes, imunossuprimidos).
Na nota, a secretaria recomenda que os serviços de saúde implementem políticas e boas práticas internas para minimizar a exposição ao patógeno. Os profissionais de saúde devem fazer uso de equipamentos de proteção individual (EPI) como máscaras cirúrgicas, óculos, luvas e avental, além da higienização das mãos antes e após atendimento a caso suspeito.
É considerado caso suspeito pessoa de qualquer idade que apresenta início súbito de lesão em mucosas e/ou erupção cutânea aguda sugestiva de Monkeypox, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo (incluindo região genital/perianal, oral) e/ou proctite (por exemplo, dor anorretal, sangramento), e/ou edema peniano, podendo estar associada a outros sinais e sintomas.
Sendo diagnosticado como caso suspeito de Monkeypox, o paciente deve ser orientado ao isolamento (precauções para contato e gotículas). As lesões de pele em áreas expostas devem ser protegidas por lençol, vestimentas ou avental com mangas longas. A notificação à vigilância epidemiológica deve ser imediata e realizada pelo sistema criado pelo Ministério da Saúde por meio da ficha de notificação para Monkeypox (COE), utilizando o link do REDCap: https://redcap.saude.gov.br/surveys/?s=ER7Y39373K.
Rastreamento
A SES orienta que casos suspeitos ou confirmados devem ser entrevistados para obter os nomes e informações de contato de todas essas pessoas na unidade de saúde notificadora. Os contatos devem ser notificados na mesma Ficha de Notificação para Monkeypox do caso suspeito, provável ou confirmado em até 24 horas após a identificação. O rastreamento é fundamental para interromper a cadeia de transmissão.
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