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Saúde Mental: uma história que é de todos nós

Maria sempre foi reconhecida por sua força. Trabalhava, cuidava da família e ainda encontrava tempo para apoiar os amigos. Mas, em silêncio, carregava um peso que poucos viam: crises de ansiedade, noites sem dormir e a sensação de estar sempre no limite. Quando finalmente buscou ajuda, descobriu que não estava sozinha e que cuidar da saúde mental é um direito de todos.

O que é saúde mental?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde mental é mais do que a ausência de doenças. É um estado de bem-estar que permite que cada pessoa desenvolva suas habilidades, enfrente os desafios da vida e contribua com a comunidade.

Ou seja, saúde mental não é apenas “não ter problemas”. É poder viver plenamente, se relacionar, sonhar, trabalhar, se expressar e encontrar sentido na vida.

Mais que individual, um desafio coletivo

A história de Maria mostra que saúde mental não é algo isolado. Ela é influenciada pelo corpo, pelas emoções, pelas condições de vida e pelas relações sociais. Questões como desemprego, violência, pobreza, discriminação ou falta de apoio afetam diretamente o bem-estar de uma comunidade inteira.

Por isso, dizemos que a saúde mental é biopsicossocial: resultado da interação entre fatores biológicos, psicológicos e sociais.

O papel do SUS e da Rede de Atenção Psicossocial

No Brasil, a Constituição garante o direito à saúde e isso inclui a saúde mental. O Sistema Único de Saúde (SUS) é responsável por organizar essa proteção, e para isso criou a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).

Foi justamente em um CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), parte da RAPS, que Maria encontrou acolhimento. Esses espaços não são hospitais fechados, mas lugares de cuidado em liberdade, onde profissionais escutam, apoiam e constroem, junto com a pessoa, caminhos de tratamento e reintegração à vida social.

Além dos CAPS, fazem parte da rede: Unidades de Acolhimento, Serviços Residenciais Terapêuticos, Hospitais Gerais, entre outros. Em situações de crise, qualquer pessoa pode buscar ajuda diretamente ou ser encaminhada por outros serviços, como assistência social, educação ou justiça.

O papel do farmacêutico na saúde mental

No percurso de Maria, um dos profissionais que mais a ajudou a compreender seu tratamento foi o farmacêutico. Muitas vezes visto apenas como alguém que entrega medicamentos, o farmacêutico tem um papel crucial na saúde mental:

  • Acompanhamento do uso de medicamentos: orienta sobre horários, interações, efeitos adversos e adesão ao tratamento.

  • Educação em saúde: ajuda pacientes e familiares a entenderem que o medicamento é parte de um cuidado mais amplo, que inclui psicoterapia, apoio social e autocuidado.

  • Acolhimento e escuta: é, muitas vezes, o profissional mais acessível no cotidiano, capaz de identificar sinais de alerta e orientar sobre a busca por serviços especializados.

  • Articulação na rede: integra-se com médicos, psicólogos, enfermeiros e outros profissionais da RAPS, garantindo um cuidado integral e seguro.

Foi na conversa com o farmacêutico que Maria sentiu confiança para seguir corretamente seu tratamento e esclarecer dúvidas que tinha vergonha de expor. Esse cuidado próximo fez toda a diferença em sua recuperação.

O peso do estigma

Apesar da importância da RAPS, Maria enfrentou outro obstáculo: o estigma. Comentários preconceituosos, medo de ser julgada, vergonha de pedir ajuda. O estigma não atinge só quem vive com sofrimento mental, mas também suas famílias, os serviços de saúde e até os profissionais que atuam na área.

Esse preconceito cria barreiras, atrasa diagnósticos e, muitas vezes, impede que a ajuda chegue quando mais é necessária. É por isso que combater o estigma é tão importante quanto oferecer tratamento: sem acolhimento e sem respeito, a recuperação fica mais difícil.

Uma rede que se constrói juntos

Aos poucos, Maria foi percebendo que não precisava enfrentar seus desafios sozinha. Ela encontrou profissionais preparados — entre eles, o farmacêutico —, familiares mais compreensivos e amigos que aprenderam a apoiá-la. Descobriu que saúde mental não é só sobre si mesma, mas sobre a forma como a sociedade acolhe e respeita.

Valorização da vida

A história de Maria poderia ser a de qualquer pessoa. Ela nos lembra que a saúde mental é parte essencial da vida e que, com apoio, acolhimento e solidariedade, é possível transformar dor em esperança.

Porque cuidar da saúde mental não é apenas tratar o sofrimento.
É garantir dignidade, humanidade e vida plena para todos e todas.

Quer mais histórias como essa? Acesse nossa Revista GoiásFarma https://crfgo.org.br/revista/edicoes/35/pagina7.html e conheça o trabalho das farmacêuticas Sônia Cândido e Sâmia Aragão sobre estratégia da Gestão Autônoma da Medicação (GAM).

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