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Dia do Médico Infectologista

No dia 11 de abril, o Brasil comemora o Dia Nacional do Médico Infectologista, com o objetivo da homenagear todos os profissionais da saúde que atuam no meio sanitário para prevenir e combater doenças infecciosas. Os farmacêuticos fazem parte desta vertente e, em especial em 2020, estão na linha de frente de combate à pandemia causada pelo novo coronavírus, demasiadamente vitais para a manutenção da vida e bem-estar da população.

Conversando com a farmacêutica e professora universitária da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Goiás (FF/UFG), Ângela Argolo, podemos entender melhor como funciona o trabalho dos profissionais farmacêuticos dentro da cadeia de combate a doenças infecciosas no Brasil.

Em primeira instância e mais visível ao público, está a atuação farmacêutica no atendimento à população, seja nas farmácias ou drogarias, orientando a sociedade sobre diferentes tipos de transmissão e prevenção de doenças. Esta é uma parte muito importante do serviço farmacêutico, uma vez que ele é o profissional mais próximo do paciente, sempre pronto a tirar dúvidas e oferecer recomendações para evitar o contágio e proliferação de vírus e bactérias.

Os farmacêuticos também atuam na manipulação e aplicação de vacinas. A farmácia, reconhecida como estabelecimento de saúde, pode ser anfitriã de campanhas de vacinação e o próprio profissional de farmácia pode realizar a aplicação, desde que tenha todos os equipamentos e estrutura para fazê-lo.

Dentro do Sistema de Saúde Único brasileiro, o SUS, prestam serviços farmacêuticos no componente estratégico de assistência farmacêutica, responsável pela dispensação de medicamentos para tratar doenças epidêmicas, como antivirais, antifúngicos e antibactericidas.

Mais distante aos olhos do público, mas de suma importância, estão os farmacêuticos que trabalham no âmbito laboratorial, responsáveis por receber testes laboratoriais em pacientes com sintomas gripais, que posteriormente serão usados no mapa de doenças respiratórias.

Ângela explica que, no Brasil, existe uma consolidada Rede de Vigilância Laboratorial, que começou a se formar com o legado de Emílio Ribas e do Instituto Butantã. Esta rede recebe amostras de pacientes que chegam com sintomas respiratórios em algumas unidades de saúde, denominadas sentinelas. Estes resultados são avaliados e enviados aos Laboratórios Centrais de Saúde Pública, onde são testados e adicionados ao painel de doenças respiratórias, que somam um total de sete vírus de importância epidemiológica. Desta maneira, mantendo um eficiente monitoramento de doenças infecciosas por todo o país.

Na outra ponta do leque, temos os farmacêuticos educandos e pesquisadores, que têm o papel de preparar novos profissionais para o combate de epidemias, endemias e pandemias, bem como de inovar tecnologias farmacêuticas, fármacos e vacinas mais eficientes, o que garantem o devido tratamento de sintomas e até mesmo a cura de doenças.

Para tanto, o trabalho do farmacêutico fica evidenciado dentro do guarda-chuva de atuações na luta para entender calamidades transmissíveis e perigosas. Fazem parte da equipe multidisciplinar de profissionais da saúde, homenageados hoje, por estar sempre dispostos a ajudar a sociedade no combate à doenças infecciosas.

Saiba mais

Nesta mesma data, em 1862, nascia na cidade de Pindamonhangaba (SP), o grande infectologista e sanitarista brasileiro, Emílio Ribas, responsável por livrar o estado de São Paulo da epidemia causada pela Febre Amarela. Com a ajuda de Oswald Cruz, Adolf Lutz e Vital Brasil, Ribas combateu doenças infecciosas e foi pioneiro na medicina preventiva e curativa no Brasil, além de fundar o Instituto Butantã.

Convencido de que estas doenças resultavam principalmente de falta de higiene, movimentou intensa campanha em favor da limpeza urbana e residencial, que melhorou muito o nível sanitário em que São Paulo se encontrava. Enquanto pesquisava a febre amarela, chegou à conclusão de que o mal não era transmitido de pessoa para pessoa, como achavam, e sim que havia um transmissor, no caso, o mosquito Aedis aegypti. Foi muito criticado pela mídia e colegas na sua decisão, e, para provar a teoria, se deixou picar pelo inseto. Ribas adquiriu a doença e comprovou a tese.
 

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