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"Os usuários não têm ideia dos perigos aos quais estão sendo expostos", alerta Daniel Jeus

"Os usuários não têm ideia dos perigos aos quais estão sendo expostos". Com essa declaração, o diretor-secretário do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO), Daniel Jesus, emite um sério alerta sobre os riscos dos cigarros eletrônicos. A preocupação surge após uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em colaboração com a Polícia Científica, detectar a presença de octodrina, uma substância da mesma família da anfetamina, em dez modelos de cigarro eletrônico de três marcas diferentes.

Embora muitas pessoas acreditem que os cigarros eletrônicos sejam alternativas mais seguras aos convencionais, os dados mostram o oposto. A octodrina é semelhante às anfetaminas e atua como um potente estimulante do sistema nervoso central. Ela aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial, o que pode sobrecarregar o coração e elevar o risco de eventos cardíacos. Além disso, pode causar dependência, exacerbar distúrbios psiquiátricos e ter efeitos neurotóxicos em doses elevadas. Por esses motivos, seu uso pode ser perigoso e é geralmente contraindicado”, explica Daniel Jesus.

Mesmo com a proibição da venda de cigarros eletrônicos no Brasil desde 2009, o mercado ilegal continua crescendo, principalmente entre os jovens.

 “O cigarro eletrônico, embora muitas vezes visto como uma alternativa mais segura, libera substâncias químicas perigosas e pode causar dependência de nicotina, especialmente entre os jovens. Na Grã-Bretanha, quando estive por lá, apesar de o cigarro eletrônico ser promovido como uma ferramenta para parar de fumar, especialistas ainda alertam para os riscos associados ao seu uso, especialmente a longo prazo. No Brasil, a situação é mais preocupante porque, apesar da proibição pela Anvisa, a ausência de regulação e o uso entre jovens está crescendo, colocando uma geração em risco de dependência e doenças graves", alerta Daniel Jesus.

Casos de problemas graves associados ao uso de cigarros eletrônicos vêm ganhando notoriedade no Brasil. Zé Neto, da dupla sertaneja Zé Neto & Cristiano, e a cantora Solange Almeida são exemplos. Ambos sofreram consequências severas, em 2021: Zé Neto tratou uma doença pulmonar causada pelo cigarro eletrônico, e Solange Almeida teve que interromper o uso dos dispositivos após descobrir lesões nas cordas vocais e pulmões que quase arruinaram sua carreira musical.

No Brasil, esse tema tem gerado muitas discussões, especialmente com a existência do Projeto de Lei 5.008/2023, que visa regulamentar a produção e comercialização de cigarros eletrônicos no país. O projeto, que estava previsto para votação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) nesta semana, foi retirado da pauta, mas deve retornar em setembro. A polêmica em torno do assunto reflete as preocupações com a saúde pública e os impactos sociais dessa prática.

 

O que são os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs)?

Popularmente conhecidos como vapes, esses dispositivos, que prometem ser alternativas "mais saudáveis" ao cigarro convencional, contêm muito mais do que vapor de água. Desde sua criação, em 2003, os DEFs evoluíram para incluir modelos descartáveis, recarregáveis e dispositivos que aquecem tabaco, mas todos têm algo em comum: carregam substâncias químicas nocivas, como a nicotina, que causa dependência, além de outras substâncias potencialmente cancerígenas.

Quais são os perigos dos DEFs?

  • Apesar da crença popular de que ajudam a parar de fumar, os cigarros eletrônicos, na verdade, podem agravar a dependência de nicotina.
  • Além disso, contêm mais de 80 substâncias químicas, muitas delas cancerígenas.
  • O uso frequente está associado a um aumento no risco de doenças graves, como trombose, hipertensão e infarto do miocárdio.
  •  Estudos também mostram que o cigarro eletrônico aumenta em cerca de três vezes as chances do usuário fumar também cigarros comuns.
     

Não se engane: cigarro eletrônico é cigarro!

 

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