O leite materno é um verdadeiro “alimento de ouro”. Nutritivo, saudável, protetor, fortalecedor, preventivo e econômico, ele oferece inúmeros benefícios para a vida do bebê. A amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo essencial para o desenvolvimento saudável do bebê.
Em celebração ao Agosto Dourado, mês dedicado à conscientização sobre a importância da amamentação, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO) reforça a necessidade de aumentar as taxas de aleitamento materno. A cor dourada, escolhida pela OMS para simbolizar a campanha, reconhece o valor inestimável do leite materno. No Brasil, essa campanha foi instituída pela Lei Federal n° 13.345, de 12 de abril de 2017.
Os farmacêuticos desempenham um papel crucial na promoção do aleitamento materno seguro. Eles são fundamentais na orientação sobre o uso de medicamentos durante a amamentação, no aconselhamento sobre práticas adequadas de aleitamento e no suporte às mães que necessitam de medicação. Sandra Costa, conselheira regional do CRF-GO e coordenadora do Grupo de Trabalho de Mulheres Farmacêuticas, destaca a importância desses cuidados durante a amamentação.
“Os cuidados farmacêuticos durante a amamentação são essenciais para garantir a saúde e o bem-estar tanto da mãe quanto do bebê. É fundamental que a mãe seja orientada por um farmacêutico sobre o uso seguro de medicamentos, pois muitas substâncias podem ser transferidas para o leite materno e, consequentemente, para o bebê”, afirma Sandra Costa.
A capacitação dos farmacêuticos para identificar e orientar sobre possíveis interações medicamentosas é igualmente importante para a segurança do aleitamento. Segundo Sandra, O farmacêutico tem um papel importante porque pode aconselhar as mães a informar todos os profissionais de saúde envolvidos sobre o fato de estarem amamentando, evitando assim prescrições inadequadas. “O acompanhamento contínuo desses profissionais pode prevenir problemas como reações adversas, baixa produção de leite e até mesmo intoxicações”, explica.
Com o suporte de farmacêuticos capacitados, as mães podem amamentar com mais segurança, pois têm à disposição um especialista para enfrentar qualquer desafio que possa surgir durante essa fase tão importante para a vida do bebê.
Doação de leite materno: um gesto que salva vidas
Durante o Agosto Dourado, além da importância da amamentação, destaca-se a relevância da doação de leite materno. A doação é essencial para ampliar as chances de recuperação de bebês prematuros e/ou de baixo peso que estão internados em UTIs neonatais, proporcionando-lhes um desenvolvimento mais saudável ao longo da vida.
Qualquer mulher saudável, que não esteja tomando medicamentos incompatíveis com a amamentação, pode doar leite materno. A doação é simples: basta extrair o leite em casa e entrar em contato com o Banco de Leite Humano mais próximo para realizar a doação. A produção de leite materno depende do esvaziamento das mamas, ou seja, quanto mais a mulher amamenta ou extrai o leite, mais ela produz. Quando há excedente, esse leite pode ser doado.
O leite doado passa por um rigoroso controle de qualidade, é processado e distribuído para alimentar os bebês internados em unidades neonatais, que não podem ser amamentados pela própria mãe. É importante ressaltar que qualquer quantidade de leite materno doado faz a diferença: um pote de leite pode alimentar até 10 bebês por dia.
Para doar, a mulher deve entrar em contato com o Banco de Leite Humano mais próximo ou ligar para o Disque Saúde 136 para receber orientações. Após o cadastramento, a equipe do Banco de Leite orienta sobre a forma correta de realizar a extração do leite para evitar contaminação, e verifica os exames de pré-natal para garantir que a doadora esteja saudável.
A doação de leite materno é um gesto de amor que salva vidas e contribui para um futuro mais saudável para milhares de bebês.