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Farmacêutico Ricardo Marreto lidera estudo na UFG que transforma pequi em tratamento promissor contra osteoartrite

O professor Ricardo Marreto, da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Goiás (UFG), está à frente de uma pesquisa inovadora que utiliza o óleo de pequi, fruto típico do Cerrado brasileiro, combinado com nanotecnologia para desenvolver um tratamento tópico contra a osteoartrite. A iniciativa tem mostrado resultados promissores, oferecendo uma alternativa natural e eficaz para aliviar dores articulares.
A osteoartrite é uma doença degenerativa que afeta milhões de pessoas, especialmente a partir dos 65 anos, causando dor crônica e limitações de mobilidade. Os tratamentos convencionais, baseados em anti-inflamatórios e analgésicos, frequentemente apresentam efeitos colaterais indesejados. Diante disso, a equipe liderada por Marreto buscou no pequi, conhecido por suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, uma solução mais segura e sustentável.
“ O que fizemos foi entrar com a nanotecnologia. Colocamos o óleo dentro de uma nanoestrutura e isso fez toda a diferença. A formulação fica mais fácil de espalhar, tem um sensorial melhor e age mais rapidamente”, explica Marreto, que, ao lado da colega Stephania Taveira, coordena o Laboratório NanoSYS da UFG.
O projeto é fruto de uma colaboração entre a UFG, a Universidade Federal de Sergipe (UFS) e a Universidade Regional do Cariri (URCA). Enquanto a UFG desenvolveu a formulação nanotecnológica, a UFS conduziu ensaios clínicos com 50 mulheres com osteoartrite no joelho, observando melhora significativa na dor e na funcionalidade das articulações após o uso do spray de pequi. 
Marreto destaca que, apesar dos avanços, o desafio agora é viabilizar a produção em larga escala do produto. A equipe busca parcerias com o Polo Farmacêutico de Goiás para garantir a qualidade e segurança do spray, além de promover o desenvolvimento regional e valorizar a biodiversidade brasileira. 
"O Brasil possui uma das maiores biodiversidades do mundo. Precisamos explorar e valorizar nossos recursos naturais de forma sustentável, tanto para a saúde da população quanto para o desenvolvimento econômico", afirma o pesquisador.
A pesquisa também se beneficia da recente aprovação da Lei 15.089, que institui a Política Nacional para o Manejo Sustentável do Pequi, facilitando a exploração comercial da planta e incentivando sua utilização de forma sustentável. 
Com essa iniciativa, Ricardo Marreto e sua equipe não apenas oferecem uma nova esperança para pacientes com osteoartrite, mas também promovem a valorização de recursos naturais brasileiros, unindo ciência, saúde e sustentabilidade.

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